Bloqueio dos depósitos este ano alcançou beneficiários que não fizeram recadastramento; e mais 4.783 vínculos também podem ter crédito do salário interrompido.

Rio - Pouco mais de dois mil aposentados e pensionistas da Prefeitura do Rio já tiveram o pagamento do benefício previdenciário bloqueado este ano por não terem feito a prova de vida obrigatória. E, além disso, mais 4.783 vínculos estão sob risco de não receberem o crédito em junho (quando forem quitados vencimentos de maio) pelo mesmo motivo. O recadastramento é exigido pelo Instituto de Previdência e Assistência do Município (Previ-Rio) aos vínculos da autarquia como um dos mecanismos para combater fraudes na folha salarial.

As 2.018 aposentadorias e pensões que deixaram de ser depositadas serão restabelecidas assim que o inativo ou pensionista regularizar o seu cadastro indo à qualquer agência do Santander no país com identidade e CPF. Essas pessoas tinham que ter feito o procedimento em janeiro, fevereiro e março (porque têm final de matrícula 1, 2 e 3, respectivamente).

E os mais de quatro mil que estão na mira para o corte de salário deveriam ter comparecido ao banco em abril. Vale lembrar que ainda há tempo para regularizarem suas situações.

Os números foram confirmados pelo Previ-Rio a pedido da Coluna. O instituto esclareceu que a suspensão é temporária, já que os vínculos não são excluídos de forma definitiva da folha de pagamentos do município.

Pagamento retroativo

A autarquia ressaltou que, quando o beneficiário regularizar o cadastro no banco, será feito também o depósito de valores retroativos (aos meses que a pessoa não recebeu) na próxima folha de pagamento que for rodada.

Prova de vida é fundamental para manter plano de saúde

Vale lembrar aos beneficiários do Previ-Rio que, ao não formalizarem a prova de vida no prazo exigido pela autarquia, haverá outras implicações. Essas pessoas também ficam sem a cobertura do plano de saúde, como a Coluna informou em 18 de abril.

Isso porque o inativo ou pensionista que não se recadastrar no período determinado, de acordo com o seu final de matrícula, fica temporariamente fora da folha de pagamento, até que faça o procedimento. E como o plano de saúde do servidor municipal é pré-pago, ao sair da folha, o usuário também é retirado temporariamente do convênio médico.

A validade do plano não é restabelecida imediatamente. Para reativá-lo, é preciso também ir a uma unidade da Assim, operadora do contrato, ou no centro de atendimento do Prev-Rio, na Cidade Nova.

Por PALOMA SAVEDRA o Dia